domingo, 20 de janeiro de 2008

ERVA DO MONTE - Material para Ninhos

A erva do monte, nome popular é uma planta herbácea que cresce em tufos. Não sei o nome científico.

Durante muitos anos era apanhada nesta altura seca ao sol para ser usada pelos canarios para fazer os ninhos.

Já usei outros materiais comerciais mas prefiro este material para os meus canarios fazerem os ninhos.

Sisal Fibre

Estamos ainda no Inverno, hoje aproveitei o tempo de sol, para ir à bouça procurar erva do monte.

erva do monte1


Depois de a apanhar verde é necessario prepara-la antes de a secar.

A preparação consiste em retirar a caruma, restos de folhas de eucalipto, e ficar só com erva fofa.

erva do monte2

Para secar coloco dentro de um saco de rede. Deixo ao ar e nos dias bonitos exponho ao sol.


erva do monte3


Na actualidade apesar das ofertas de outros materiais nas lojas eu ainda prefiro ir ao monte buscar erva, para os meus canarios construirem os seus ninhos.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Existe alguma definição para criador amador desportivo de aves?

Criador - é um indivíduo cujo objectivo, independentemente do numero de casais, é criar condições para que as suas aves se reproduzam.

Amador -. característica de uma actividade sem animo de lucro.

Um - criador desportivo - de aves esta filiado num clube e tem acesso a anilhas personalizadas. Com as suas aves anilhadas pode competir em exposições ou concursos organizados pelos clubes e/ou federação.

Anilhas desportivas personalizadas.

Anilhas são pequenos cilindros fechados em metal com um diâmetro especifico para cada espécie, que se coloca numa das patas da ave. As medidas constam numa tabela onde são indicadas as espécies correspondente ao diâmetro recomendado.

Nos canarios de cor a medida da anilha é de 2,9 mm.

O objectivo de anilhar as aves é poder identificar a ave , o criador, e entidade emissora da anilha, o ano que a ave nasceu., o clube.
A ave é identificada por um numero sequencial.
O criador pelo seu numero de STAM-
A entidade emissora é a Federação onde o clube do criador esta inscrito.
O ano em que a ave nasceu é indicado para alem da gravação na anilha pela cor da anilha.
O clube é indicado pelas suas iniciais gravadas na anilha.

Para um criador desportivo ser minimamente competitivo, deve conhecer o standar ou estalão da raça ou espécie de ave que cria.

Apresentação pessoal

Já cheguei aos 40 e poucos anos, comprei o meu primeiro canário em 1983 e paguei 300 escudos. Os primeiros livros sobre canários comprei-os em 1985.

Pois é o começo não foi fácil até porque não conhecia ninguém. Ou seja nos primeiros anos andei a navegar... Um belo dia conheci um vizinho meu que criava canários como quem cria coelhos ou seja tinha sucesso na criação. As aves não tinham nada de especial até porque ele nem eu fazíamos parte de qualquer clube. Conversamos e ele deu-me a primeira dica fundamental, disse-me ele, "o pá que papa dás aos teus canários" e eu la lhe disse... muda para a papa CÊ-Dê é mais cara mas é aquela que eu dou aos meus canários.

1ª Sugestão - devemos aprender uns com os outros, ler livros só não chega.

Mais tarde comecei a visitar exposições de canários, e numa em Vila Nova de Gaia, recolhi uns folhetos e uma revista que me foi oferecida. Tomei contacto com a revista "Zoocultura" e fique a saber que haviam clubes nacionais de ornitofilia, e que alguns editavam uma revista.
Então escrevi para AAP (Associação de Avicultores de Portugal) e eles na altura editavam uma revista sobre pássaros, com artigos de criadores portugueses. Inscrevi-me como sócio dessa associação e passei a receber de 3 em 3 meses a revista. Aprendi muito com a sua leitura e fiquei com uma ideia do associativismo em Portugal.


2ª Sugestão - para evoluirmos e conhecermos a realidade associativa devemos nos inscrever num bom clube ornitófilo. Ou seja onde circule informação sobre aves, e não naqueles que só servem para ir buscar as anilhas...


A AAP fica em Lisboa eu sou do Norte, entretanto a minha situação pessoal mudou, e eu inscrevi-me no clube mais próximo da minha residência. Por brincadeira e sem grandes ambições em 2002 levei um passarito (canário lipocromo branco recessiva) à XXV Exposição do clube. Episódio curioso à chegada e na recepção da ave dizem-me que o pássaro tinha uma mancha preta na cabeça e que não valia a pena a sua inscrição. Depois de uma observação mais atenta afinal a mancha era a casca de uma semente que se tinha emaranhado nas penas da cabeça. Sorte ou não a ave ganhou o 1º lugar na classe D2. Nessa altura vendi os pássaros nascidos nesse ano entre os quais os irmãos do campeão. Fiquei com a ave vencedora e os seus pais. Mais tarde uma pessoa amiga que eu lhe tinha vendido um canário branco veio me pedir se eu lhe arranjava outro igual pois tinha gostado muito do que eu lhe vendi. Com pena da senhora vendi-lhe o pai do campeão.

3ª conclusão - Nunca vender os progenitores de aves premiadas. Resultado na época seguinte zero canários brancos recessivos, apesar de ter ficado com a mãe do campeão e o campeão. Só voltei a criar brancos recessivo com a prata da casa passados 2 anos.


Em Portugal o evento mais importante a nível ornitológico foi sem dúvida O Campeonato do Mundo de 2001 em Santa Maria da Feira. Fui lá fazer uma visita e fiquei maravilhado. Não tem nada a ver com as nossas exposições, quanto a variedade de espécies expostas, publicações, materiais e gaiolas, acessórios, e venda de mutações de aves.

4ª conclusão - Portugal é bom na organização de eventos internacionais, mas no resto não vejo grande evolução... (A não ser o aparecimento do avespt.com ....)

Entretanto comecei a tomar contacto com a Internet, lidar com os motores de busca como por exemplo o Google, e fiquei com uma janela para o mundo.

5ª conclusão - Tomei conhecimento da minha dimensão como criador ou seja sou um criador artesanal, com um método de criação natural sem grande tecnologia ou artifícios.


O homem como ser social que é, contacta outros homens, convive com respeito a opiniões diferentes das suas e troca ideias... Quando posso e as pessoas estão disponíveis e abertas gosto de conhecer e ver as aves e instalações de outros criadores. Fico maravilhado com certo tipo de instalações bem apetrechadas tecnologicamente, aves de excelente qualidade, muitas nem sequer passam nas exposições.

6ª conclusão - Em Portugal temos bons criadores com boas instalações, mas é necessário procurar e saber onde estão essas pessoas, que geralmente são muito reservadas. Conclusão na ornitofilia é bom ter bons contactos.

Acreditem que eu não me acho grande pois sei que existem maiores do que eu...